quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Inauguração da Tasca

Bem vindos à inauguração da Tasca da Esquina. Fiquem à espera dos meus desabafos. Espero sugestões...

2 comentários:

Anónimo disse...

RESPOSTA A UM CABRÃO
(no Brasil = bode grande)

OS JORNALISTAS DE GABINETE

Por Carlos Brickmann em 30/1/2007

Todos os meios de comunicação condenam severamente os responsáveis pela construção do metrô paulistano por ignorar sinais de que as coisas não iam bem, muito antes de se formar a grande cratera. A imprensa tem toda a razão – mas por onde andavam os repórteres, que também não captaram os sinais de perigo? Nas ruas, tentando levar a cidade para os noticiários, é que não era.
De acordo com as notícias divulgadas pela imprensa em geral, houve problemas em muitas edificações em todo o trajeto da linha 4 do metrô – a Linha Amarela. Também de acordo com o noticiário, surgiram trincas nos imóveis próximos ao túnel que desabou, houve reclamações, mas nada foi levado em conta até que sete pessoas morreram e toda a região em volta foi engolida pelo buraco. Como se explica que, com tantos sinais, tantos indícios, tantas reclamações, a imprensa não tenha ido atrás dos fatos?
A explicação é triste: por uma série de fatores, o normal é que hoje o repórter só vá às ruas com uma pauta para fazer – isso quando vai às ruas, em vez de se contentar com telefone e internet. Circular à toa, em busca de informações, nem pensar. Cultivar fontes, que passem em primeira mão informações exclusivas, é coisa trabalhosa, cansativa. E, como dizia a velha anedota, às vezes o repórter volta à redação sem executar a pauta porque houve um tremendo incêndio no caminho, com dezenas de vítimas, e não foi possível chegar ao local da matéria.
Um excelente repórter, Ricardo Kotscho, daqueles que preferem descobrir suas matérias a simplesmente executar pautas pré-fabricadas, pergunta: "Quantas outras armadilhas estarão espalhadas pela cidade nesse momento, e nós não estamos sabendo porque a nossa imprensa foi cada vez mais se afastando da realidade do nosso dia-a-dia?"
John Kenneth Galbraith, um dos mais brilhantes assessores do presidente Kennedy, abre um esplêndido livro, O Triunfo (editado no Brasil pela Nova Fronteira, em tradução de Carlos Lacerda), com uma descrição do trabalho da imprensa. Um país subdesenvolvido vive uma imensa crise, e nenhum meio de informação se preocupa com ela. Quando finalmente há um golpe, a imprensa despacha seus grandes nomes, que chegam ao local alguns dias depois e descrevem o que aconteceu – errado.
O caso do metrô paulistano mostra como a imprensa se tornou prisioneira da pauta e, salvo algumas exceções, abandonou a busca por notícias quentes e exclusivas. Na inauguração de Brasília, o jornalista Júlio de Mesquita Filho, o notável condutor de O Estado de S.Paulo, criticava o arquiteto Oscar Niemeyer por seu hábito de projetar prédios subterrâneos. E dizia que o Congresso, sob o tórrido sol do Planalto, não funcionaria se faltasse luz.
Nossa imprensa sofre do mesmo problema. Tem gente preparada, pós-graduada, com cursos no exterior, falando múltiplas línguas e entendendo tudo de semiologia cognitiva avançada, mas deixa de funcionar quando pifa a banda larga.

RESPOSTA AO BODE GRANDE PANASCA
(no Brasil: cabrão/veado)

1ª consideração sobre este texto: o cara é anti-jornalista. Ele desconhece que jornalista não é Deus nem enciclopédia. Eu conheço bem o ser jornalista, e então se for brasileiro, já nem se fala: são verdadeiros cães de caça, no melhor sentido. Mas aqui o(s) autor(es) do texto deve ser daqueles que, das duas uma, ou já teve imagem promovida através dos media, ou ainda não. No segundo caso, puta que o pariu. E no primeiro também.

2ª Consideração: Gajos destes não merecem a dita atrás cifrada, destilam veneno e correm o risco de morder a própria língua.

3ª Consideração: só um ignorante fala desta maneira dos jornalistas. Primeiro, esse cara não é apenas arrojado naquilo que escreve sobre os jornalistas, é temerário. Acredito que a imprensa brasuca já tenha acertado contas com ele, e isto implicaria, para além de o reduzir intelectualmente a um monte de merda, dar-lhe também como "caixinha" um bom par de estalos. Fisicamente, claro.

4ª Consideração: Quando ele fala em "pauta", em Portugal dizemos "serviço de agenda", que é para os jovens jornalistas porque os craques são (e digo isto sem qualquer ironia) são mais úteis a fazer coisas de mais responsabilidade, têm as suas fontes e, de facto, se calhar trabalham melhor a partir do escritório com telefone e internet do que andar a gastar solas de sapatos. Que, de certeza, é o mesmo que esse filho da puta faz no seu trabalho específico. Só deve levantar o rabo do escritório para ir almoçar num barzito simpático (esta gente tem algum estatuto, que é uma componente invisível do salário, mas recebe pouco no fim do mês) e quer tocar em ninho de marimbondo com vara curta para ver se falam nele. No caso, já conseguiu.

5ª Consideração. Esse tipo parece ser uma realíssima merda. Nota-se bem, é o tipo de cabotino com uma grande "cratera" no rabo. E ainda fala do Metro de S.Paulo...

6ª Consideração: Vou enviar estas considerações ao Observatório, com uma curta nota acrescentativa: o cara é uma grande filho da puta, e ainda por cima cheio de traumas contra os jornalista. Vais a ver, já lhe publicaram um texto ou outro na secção CARTAS do LEITOR num qualquer pasquim e, face a isso, já tem no currículo pessoal algo como isto: "colaborador na Imprensa". Ou seja, se for o caso, estamos a falar do tipo que não faz PAUTA. Mas é, a fazer pauta, que nascem grandes jornalistas. E estou a falar de tarimba.

7º Consideração: Como identifiquei com facilidade um grande filho da puta naquilo que ele escreveu sobre os jornalistasa, tenho mais uma palavra para ele: que não despreze a mãe, quem sabe prostituiu-se para lhe garantir a alimentação. Sendo filho de pai ingnónito, que é o mais provável num imbecil desta natureza, queixe-se à avó. Se ela ainda for viva, certamente pode ser encontrada ao fim da tarde a fazer "trotoir" numa esquina qualquer. Não digo de S.Paulo, porque essa puta velha deve ser da província.

8ª Consideração. Já me sinto mais descansado com a minha consciência. Filhos da puta destes têm de ouvir destas. Mas, para minha tristeza, o homem deve ter uns cornos tão grandes que não lhe deixem ouvir certas verdades.

9ª Consideração: Ele merecia ser arrabado por um jornalista grego do tempo em que ainda não havia imprensa escrita, só falada e de viva voz. Por isso foi inventada a Maratona e mais recentemente o Maradona, que também seria um chavalo ideal para lhe ir ao cú.

10º Mandamento. Ele que não volte a falar mal dos jornalistas. Será que por ser filho de puta, gay e corno tem que falar mal daqueles que o informam sobre o que precisa de saber? Grande cabrão!

Assinado: JOÃO SERRA

bigbufalo disse...

Os jornalistas de gabinete
Por Carlos Brickmann em 30/1/2007
Todos os meios de comunicação condenam severamente os responsáveis pela construção do metrô paulistano por ignorar sinais de que as coisas não iam bem, muito antes de se formar a grande cratera. A imprensa tem toda a razão – mas por onde andavam os repórteres, que também não captaram os sinais de perigo? Nas ruas, tentando levar a cidade para os noticiários, é que não era.
De acordo com as notícias divulgadas pela imprensa em geral, houve problemas em muitas edificações em todo o trajeto da linha 4 do metrô – a Linha Amarela. Também de acordo com o noticiário, surgiram trincas nos imóveis próximos ao túnel que desabou, houve reclamações, mas nada foi levado em conta até que sete pessoas morreram e toda a região em volta foi engolida pelo buraco. Como se explica que, com tantos sinais, tantos indícios, tantas reclamações, a imprensa não tenha ido atrás dos fatos?
A explicação é triste: por uma série de fatores, o normal é que hoje o repórter só vá às ruas com uma pauta para fazer – isso quando vai às ruas, em vez de se contentar com telefone e internet. Circular à toa, em busca de informações, nem pensar. Cultivar fontes, que passem em primeira mão informações exclusivas, é coisa trabalhosa, cansativa. E, como dizia a velha anedota, às vezes o repórter volta à redação sem executar a pauta porque houve um tremendo incêndio no caminho, com dezenas de vítimas, e não foi possível chegar ao local da matéria.
Um excelente repórter, Ricardo Kotscho, daqueles que preferem descobrir suas matérias a simplesmente executar pautas pré-fabricadas, pergunta: "Quantas outras armadilhas estarão espalhadas pela cidade nesse momento, e nós não estamos sabendo porque a nossa imprensa foi cada vez mais se afastando da realidade do nosso dia-a-dia?"
John Kenneth Galbraith, um dos mais brilhantes assessores do presidente Kennedy, abre um esplêndido livro, O Triunfo (editado no Brasil pela Nova Fronteira, em tradução de Carlos Lacerda), com uma descrição do trabalho da imprensa. Um país subdesenvolvido vive uma imensa crise, e nenhum meio de informação se preocupa com ela. Quando finalmente há um golpe, a imprensa despacha seus grandes nomes, que chegam ao local alguns dias depois e descrevem o que aconteceu – errado.
O caso do metrô paulistano mostra como a imprensa se tornou prisioneira da pauta e, salvo algumas exceções, abandonou a busca por notícias quentes e exclusivas. Na inauguração de Brasília, o jornalista Júlio de Mesquita Filho, o notável condutor de O Estado de S.Paulo, criticava o arquiteto Oscar Niemeyer por seu hábito de projetar prédios subterrâneos. E dizia que o Congresso, sob o tórrido sol do Planalto, não funcionaria se faltasse luz.
Nossa imprensa sofre do mesmo problema. Tem gente preparada, pós-graduada, com cursos no exterior, falando múltiplas línguas e entendendo tudo de semiologia cognitiva avançada, mas deixa de funcionar quando pifa a banda larga.