sexta-feira, 23 de março de 2007

Más o inginheiro num é inginheiro???


A confusão ficou instalada. Veio um jornal da nossa praça de armas e bagagens dizer que as notas da pauta não eram iguais às notas declaradas do nosso primeiro-ministro (fala-se em notas de escolas, não das outras, não venha o fisco lembrar-se também de fiscalizar essas notas...) e a bernarda saltou. O nosso primeiro até disse que a diferença não é nada (veja-se a foto). Mas, um nosso amigo, repetente cá na Tasca de cada vez que cá vem - diz que gosta mais de pénaltis que de canudos -, ficou de alma aparvalhada. Pensava ele que só nas suas Angolas - e limítrofes - é que essas coisas se passavam. Foi preciso explicar-lhe, usando o mesmo jornal, que a bronca só se levantava porque a universidade que levantava a lebre tava ela própria numa enrascada pior quase que a do Savimbi quando foi desta pra melhor. Ele só perguntou, mas atão, porque é que os dois artigos não estavam juntos num só?... Nós também perguntámos, mas baixinho. Fomos-lhe entretanto preparando o mestrado em tintos portugueses sem designação de origem e prometemos à partida nota máxima. Afinal, o Manel não quer perder clientes, nem que venham só de vez em quando. E também não vai em engenharias. Nem em universidades. E bota abaixo...

quarta-feira, 7 de março de 2007

Gestão inaugural


O inefável e panegírico Alberto João faz da fidelidade à imagem própria ponto de honra. Disse Cavaco que, se faz favor, o governo regional demissionário da Madeira se limitasse a gerir os actos correntes. Aliás, antes do Cavaco, já a Constituição o dizia. Alberto João Jardim diz que sim, mas que também... Que também vai fazer uma inauguração por dia até às antecipadas madeirenses de Maio. Inaugurações de gestão, perceba-se. Que inaugurar é gerir, garante, tonitruante, esquecido já das varizes, o demissionário futuro presidente do executivo regional madeirense. Que a malta cá da Tasca se esteja borrifando para ele, não o incomoda. Afinal, ele é que lá vai vendo os fundos regionais e a gente vê os fundos dos copos, e é um pau...

sábado, 3 de março de 2007

Museologia


Um Museu Salazar em Santa Comba, francamente, não nos choca nada. Se durante quarenta e tal anos os portugueses aguentaram a ditadura do senhor sem mexer uma palha - tirando meia dúzia de líricos que davam com os costados em prisões e campos de concentração - e foi preciso que meia dúzia de militares se sentissem com os privilégios a arder para mandar abaixo o regime, quando o senhor já cá nem estava, qual é o problema de fazer agora o Museu? Deixem-nos recordar, que enquanto estão entretidos com memórias, não chateiam. Protestos organizados servem só para fazer o que os saudosos de Salazar querem - que se fale nele e neles. Aqui pela Tasca estamos mais entretidos com o regresso do Paulo Portas à política activa e o Jaquim está já a organizar uma colecta para lhe fundarmos um museu. Antes que ele morra, tá claro.