sábado, 3 de março de 2007

Museologia


Um Museu Salazar em Santa Comba, francamente, não nos choca nada. Se durante quarenta e tal anos os portugueses aguentaram a ditadura do senhor sem mexer uma palha - tirando meia dúzia de líricos que davam com os costados em prisões e campos de concentração - e foi preciso que meia dúzia de militares se sentissem com os privilégios a arder para mandar abaixo o regime, quando o senhor já cá nem estava, qual é o problema de fazer agora o Museu? Deixem-nos recordar, que enquanto estão entretidos com memórias, não chateiam. Protestos organizados servem só para fazer o que os saudosos de Salazar querem - que se fale nele e neles. Aqui pela Tasca estamos mais entretidos com o regresso do Paulo Portas à política activa e o Jaquim está já a organizar uma colecta para lhe fundarmos um museu. Antes que ele morra, tá claro.

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